Um errante na Rússia
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxJwf-2AFKIjslzD5pFG9ODU8yWFXn6dXZvR0FW4f4PXXmlK4aIv4DBStKFJgJJ8rkub0t_tmA3I_oQ8VH2uf26H2rjT-1t_LlnNpfpBI5GpMLMNzrskGH92d6FBDsMxfQ3-n2EFmX2vqOyz-mtRFRraM-AgUy8IozUi3ilvA2FChG6A7lQ-y2fnTBWRE/s400/41LryCFKRSL._SY466_.jpg)
Li, há dias, que no Museu Municipal de Penamacor se encontrava patente (e até Março de 2024) a exposição "Aroma, Ritual e Terapia – As Plantas na Religião Mosaica", alusiva aos duzentos e quarenta anos da morte de António Nunes Ribeiro Sanches (viveu entre 1699 e 1783). Com efeito, Ribeiro Sanches era filho de cristãos-novos e acabou por estudar filosofia e medicina em Coimbra e em Salamanca. Mas foi o ‘grande’ professor e médico neerlandês Herman Boerhaave (na Universidade e na própria cidade de Leiden) quem, reconhecendo a enorme capacidade de estudo e de trabalho de Sanches, o sugeriu e indicou para desempenhar funções junto do regime imperial russo de então: de facto, foi em 1731 que António Nunes Ribeiro Sanches se dirigiu à Rússia a convite da própria imperatriz Ana Ivanovna, sobrinha do também ele imperador russo Pedro, o Grande. Ora, fugindo à Inquisição em Portugal e, depois de percorrer alguns dos "centros de cultura" de então, acabou por rumar à Rússia