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O passado da tortura

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Quando, no fim da década de 1990, acabei de ver a exposição "Instrumentos Europeus de Tortura e Pena Capital – Desde a Idade Média até ao Século XIX" que o Palácio Galveias, em Lisboa, acolheu, confesso que a ‘impressão’ com que me lembro de ter ficado foi a de que tinha acabado de ver ‘algo’ exótico. "Exótico" porque não conseguia conceber que o espírito humano pudesse ser capaz de inventar instrumentos para, física e psicologicamente, torturar e destruir o Outro. Mas, também nesse ‘capítulo’, foi o Tempo que me permitiu ir progressivamente abandonando esse "exotismo" e essa incredulidade. Efectivamente, só muito depois soube que havia já sido em 1978 que um escritor que havia sobrevivido ao campo de concentração e extermínio de Auschwitz se suicidara depois de escrever um livro: o escritor (e ensaísta) austríaco "Jean Améry" – ou "Hans Meyer", seu verdadeiro nome –, incapaz de continuar a suportar a violência que, anos antes, os &q