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A realidade e a que poderia ser

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Foi em Agosto de 1867 que o então primeiro-ministro da Prússia (ou "Königsberg"), Otto Bismarck, afirmou, numa entrevista, que "a política é a arte do possível". Ora, seria, precisamente, através da "Política" que Bismarck fundaria, em 1871, o império alemão. Foi, na verdade, o "Segundo Império": o primeiro havia sido o "Sacro Império Romano-Germânico" (entre os anos 962 e 1806) e o terceiro (criado por Adolf Hitler) entre 1933 e 1945. Mas não foi, no entanto, directamente devido à "Política" que em 1992 que foi publicado o livro "Fatherland" que o escritor e jornalista britânico Robert Harris escrevera. Trata-se, basicamente, de um exercício de imaginação: como seria o mundo de então se os "nazis" (a ‘máquina’ ideológica e política controlada pelo Nacional-Socialismo) tivessem ganho a Segunda Guerra Mundial e o Terceiro "Reich" pudesse ‘sonhar’ em durar, efectivamente, os mil anos prometidos

Görtemaker e os conceitos

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"Eva Braun: Life With Hitler" (ou, na tradução em língua portuguesa, "Eva Braun: A Vida com Hitler"). É este o título original do livro escrito, em co-autoria, pela historiadora alemã Heike B. Görtemaker e publicado em 2011. Ora, se nada poderei (se o quisesse…) acrescentar ao que foi escrito neste e em muitos outros documentos sobre Eva Braun, quero, sim, fazer um pequeníssimo comentário a uma declaração feita por esta académica que há dias ouvi. "O Terceiro Reich mostra-nos como os conceitos são perigosos", disse. Com efeito, não concordei então e não concordo agora pois não penso nem que os conceitos sejam "perigosos", nem que, no 'caso', o "Terceiro Reich" - ou qualquer outro exemplo que se invoque - nos mostre "como os conceitos são perigosos". Julgo, sim, que é a utilização - ou "manipulação", se se preferir - que se faz dos referidos conceitos que os pode (repito: "pode") tornar &q

O "Janus" humano

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Recordo algumas palavras que o cientista canadiano Hubert Reeves escreveu no seu "Malicorne – Reflexões de um observador da natureza" (editado em língua portuguesa na década de 1990 pela editora Gradiva) e que talvez tenham sido inspiradas pela leitura de "A Divina Comédia": "No pequeno Homo Sapiens tudo é demasiado. Nele, intimamente misturados, estão o sublime e o horrível. Há nele, em potência, Wolfgang Amadeus Mozart e Adolf Hitler". Ora, ambas as figuras nasceram na Áustria: o primeiro em Janeiro de 1756 e o segundo em Abril de 1889. Com efeito, o adjectivo com que Reeves descreveu Mozart – "sublime" – parece ser, de facto, apropriado, já que a Música, a sua ‘matéria’ de trabalho, seria, na definição do vindouro Napoleão Bonaparte, "a voz que nos diz que a espécie humana é melhor do que aquilo que julga". Já o adjectivo utilizado para caracterizar Adolf Hitler – "horrível" – também me parece ter sido bem escolhido: com