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A história da barragem nova

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Foi já em Abril de 2011 que as autoridades políticas da Etiópia decidiram, unilateralmente, desviar o curso de uma parte do rio Nilo para ‘encher’ aquele que seria, no final de 2022, o maior complexo hidroeléctrico de África. Decisão que, naturalmente, não foi do agrado, por exemplo, das autoridades egípcias. Ora, tal decisão não foi, porém, nova, nem sequer original, pois, por outros motivos, claro está, já Afonso de Albuquerque, na sua função de vice-rei da/na Índia do chamado "Império Português" (entre 1509 e 1515*), havia solicitado ao rei D. Manuel I que lhe enviasse os cabouqueiros que então estavam a construir as "levadas" (os canais para ‘conduzirem’ água) na ilha da Madeira para que desviassem, na referida Etiópia, o curso do rio Nilo para, assim, deixarem o Egipto depauperado de recursos hídricos – seca... – e, depois, em consequência, poder Portugal dominar sozinho o comércio com o Oriente. No entanto, tal proposta nunca avançou. * Record

Relembrando o legado de São Francisco Xavier

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Numa altura em que se sentem por todo o mundo as ondas de choque provocadas pela intolerância religiosa – ou alimentadas por ela… – , penso ser importante lembrar o papel de São Francisco Xavier no diálogo entre pessoas com culturas e visões de Deus e do mundo completamente diferentes. E de como a sua aproximação e trato não é, de todo, impossível. Francisco Xavier nasceu no ano de 1506 no Castelo de Xavier, em Navarra, reino ibérico (mais tarde pertencente a Espanha). Celebram-se, por isso, em 2023, quinhentos e dezassete anos do seu nascimento. Oriundo de uma família abastada pôde, pois, estudar na Universidade de Paris e, depois, em Veneza. Tinha frequentado, ainda na capital francesa, o Colégio de Santa Bárbara e aqui conheceu, entre outros, Inácio de Loyola. No contexto da Reforma proposta pelo alemão Martinho Lutero e de uma certa crise identitária da Igreja Católica provocada pela ascensão do Protestantismo, decidem fundar a Companhia de Jesus. O monarca português de entã