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Relembrando o legado de São Francisco Xavier

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Numa altura em que se sentem por todo o mundo as ondas de choque provocadas pela intolerância religiosa – ou alimentadas por ela… – , penso ser importante lembrar o papel de São Francisco Xavier no diálogo entre pessoas com culturas e visões de Deus e do mundo completamente diferentes. E de como a sua aproximação e trato não é, de todo, impossível. Francisco Xavier nasceu no ano de 1506 no Castelo de Xavier, em Navarra, reino ibérico (mais tarde pertencente a Espanha). Celebram-se, por isso, em 2023, quinhentos e dezassete anos do seu nascimento. Oriundo de uma família abastada pôde, pois, estudar na Universidade de Paris e, depois, em Veneza. Tinha frequentado, ainda na capital francesa, o Colégio de Santa Bárbara e aqui conheceu, entre outros, Inácio de Loyola. No contexto da Reforma proposta pelo alemão Martinho Lutero e de uma certa crise identitária da Igreja Católica provocada pela ascensão do Protestantismo, decidem fundar a Companhia de Jesus. O monarca português de entã

Cultura asiática?

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É no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, que se podem ver os "biombos Namban". Pintados no Japão no século XVI (ou XVII?), os biombos retratam de uma forma um tanto ou quanto cinematográfica o momento da chegada, a essa terra, de uma nau dos "nambam jin" (os "bárbaros do Sul", como eram designados os portugueses): "homens com narizes grandes", "barbas cor de fogo" e "quatro olhos" (devido aos óculos). Ora, sem esquecer que aos portugueses coube, a partir de 1543, o ‘papel’ de intermediários no comércio da China com o exterior (o Japão, a Índia e a Europa, por exemplo), creio ser importante como que contrapor à interpretação física dos "nambam jin" uma outra. Escreveu, com efeito, o oficial de marinha, diplomata, jornalista e escritor português Wenceslau de Moraes (viveu entre 1854 e 1929) no seu "Dai-Nippon" acerca da postura dos japoneses na guerra contra a Rússia – no ‘início’ do século XX –, o s