Mais e menos europeu
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRJ9yFM7vW4xG8PTNXIaBmi5XJi227zSPASjAf_K_y15QZDlWtU117i5gCpxGK_VQa_98n_O8WrgwDm8BjRPUmZBNUvZ888P-02BLkmla8Gtmjzsu8a38hELM87W6spXgHSA0fZyR908rDj5dlzRKDWmESZC6KIVTbzHJuOhmzoQKm6E2u9zUGwTjMgZk/s400/C%C3%B3dice.jpg)
Desde meados do ano de 2018 que todos os edifícios públicos no estado da Baviera, na Alemanha, passaram obrigatoriamente a ostentar junto à respectiva porta de entrada (e de saída, claro) um crucifixo. Ou seja, um símbolo cristão. Ora, não demorei muito a lembrar-me da legenda atribuída ao beato San Andrés de Arroyo (do século XIII) – não confundir com o músico nascido na cidade espanhola de Oiartzun no século XIX José Francisco Arroyo – que tinha lido, alguns anos antes, na exposição "O Gabinete das Maravilhas – Atlas e Códices dos Melhores Arquivos e Bibliotecas do Mundo" patente nas instalações do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa: "é o mais europeu de todos os beatos". O que é que se pretenderia transmitir exactamente com estas palavras escritas já no século XXI? Nunca consegui, no entanto, dar uma resposta à minha própria pergunta: o que significaria, desde logo, ser-se "mais europeu" (e "menos europeu", evidentemente