A comédia, o auto e a floresta
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O Teatro Romano do Museu de Lisboa leva este mês à cena o texto escrito pelo autor romano Plauto (que viveu entre os anos 254 antes da data geralmente atribuída ao nascimento de Jesus Cristo e 184 antes da mesma data)* "A Comédia dos Burros". Que foi uma crítica a alguns valores existentes na sociedade de então. Ora, centenas de anos depois, foi Gil Vicente – por muitos considerado como o "pai" do teatro em Portugal – a censurar a sociedade do país: desde logo com o "Auto da Índia" e depois com a "Floresta de Enganos". Com efeito, o "Auto da Índia", tendo sido uma das primeiras farsas de Gil Vicente foi, justamente, também uma das primeiras obras representadas em toda a Península Ibérica a apresentar um enredo composto por diversas personagens ao contrário de um simples monólogo como era, de resto, habitual apresentar-se em contexto real. O "Auto da Índia" teve a sua primeira representação no início do século XVI (em 1509