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O "memento mori" e o "memento vivere"

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Sempre que na capital do Império Romano se verificava a volta de consagração por parte de um general – ou, até, do próprio imperador – depois da vitória numa batalha*, por exemplo, existia uma pessoa – geralmente, um sacerdote – que tinha como que uma dupla função: segurar na coroa de louro(s) oferecida ao homenageado durante esse périplo e dizer, constantemente, "lembra-te que vais morrer" – o "memento mori"… Ou seja, lembrar a efemeridade da glória (o que será a "glória", já agora?) e da vida. Ora, o título do último livro escrito pelo filósofo francês Pierre Hadot (que nasceu em 1922 e morreu em 2010), "não te esqueças de viver", foi seleccionado precisamente para transmitir uma perspectiva da vida diferente da do "memento mori": sendo a morte uma inevitabilidade biológica, deve aproveitar-se a vida... * Efectivamente, a mesma língua - o latim - que concebeu a palavra "bellum" ("guerra", em língua p