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A mostrar mensagens de abril, 2024

O livro e a distracção

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Assinala-se hoje, 23 de Abril, o "Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor". Com efeito, perguntava-se há exactamente um ano, num jornal, o seguinte: "Na era da distracção permanente ainda conseguimos ler um livro?". Penso que esta é, de facto, uma questão cada vez mais pertinente. Desde logo porque assume que este é um tempo em que tudo é feito para distrair o Ser Humano da realidade que o envolve. E que é, muitas vezes, penosa: por exemplo, a escritora norte-americana Jane Wagner (nascida em 1935) afirmou, certa vez, que a “realidade é a maior causa de stress para os que têm que lidar com ela”. Por exemplo, a personagem "Howard Beale", interpretada pelo actor Peter Finch no filme "Network" (de 1976), referiu, em dado momento, o seguinte: "A televisão não é a Verdade. A televisão é um maldito parque de diversões. A televisão é um circo, um corso carnavalesco, um conjunto de acrobatas, de contadores de histórias, de dançarinos, de

O futuro do regresso

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Inaugurou-se, há cerca de um ano, no "Pavilhão do Conhecimento - Centro Ciência Viva", em Lisboa, a exposição "Dinossauros - O Regresso dos Gigantes". Assim, creio que este título expositivo poderia ocasionar também, pelo menos, a elaboração de duas outras exposições – "Mamutes - O Regresso dos Gigantes" e "O Regresso dos Dodós", por exemplo. Efectivamente, há mais de um ano que li que a CIA, a "Central Intelligence Agency" norte-americana, havia investido numa empresa cujo objectivo comercial era 'resgatar' algumas espécies animais – como a dos referidos mamutes, precisamente – já extintas através do recurso à engenharia genética (recordo que a extinção dos mamutes ocorreu há milhares de anos). Mas foi, no entanto, há muito menos tempo que também li que uma empresa "start-up" igualmente norte-americana pretendia ‘recuperar’ uma espécie de aves que não voava chamada "Dodó": trabalhando em parceria com um

Relembrando o legado de São Francisco Xavier

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Numa altura em que se sentem por todo o mundo as ondas de choque provocadas pela intolerância religiosa – ou alimentadas por ela… – , penso ser importante lembrar o papel de São Francisco Xavier no diálogo entre pessoas com culturas e visões de Deus e do mundo completamente diferentes. E de como a sua aproximação e trato não é, de todo, impossível. Francisco Xavier nasceu no ano de 1506 no Castelo de Xavier, em Navarra, reino ibérico (mais tarde pertencente a Espanha). Celebram-se, por isso, em 2023, quinhentos e dezassete anos do seu nascimento. Oriundo de uma família abastada pôde, pois, estudar na Universidade de Paris e, depois, em Veneza. Tinha frequentado, ainda na capital francesa, o Colégio de Santa Bárbara e aqui conheceu, entre outros, Inácio de Loyola. No contexto da Reforma proposta pelo alemão Martinho Lutero e de uma certa crise identitária da Igreja Católica provocada pela ascensão do Protestantismo, decidem fundar a Companhia de Jesus. O monarca português de entã