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A mostrar mensagens de janeiro, 2024

A história da Índia

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Foi há dias que o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, inaugurou um templo erguido em honra do deus hindu Ram. Que aproveitou, de resto, as instalações de uma mesquita construída no século XVI mas que havia sido arrasada em 1992 por adeptos hindus. Mas foi, no entanto, já há vários anos que vi e ouvi há dias, num qualquer canal televisivo, um documentário sobre a Pérsia. Documentário produzido e realizado pela "British Broadcasting Corporation" (ou B.B.C.), acrescente-se. Assim, em dado momento, fez-se referência a uma invasão chefiada por Gengis Khan. Ou seja, pelo exército mongol, espécie de ‘personificação’ do Império Mongol, precisamente. Porém, a(s) pessoa(s) encarregada(s) da legendagem de tal ‘peça’ televisiva optou(aram) por designar a referida invasão de...Mogol. Ora, se é um facto histórico que os Mongóis invadiram (militarmente, pois) a Pérsia (ou Irão, como é, quase sempre, actualmente, designada), a Pérsia nunca esteve sujeita ao Império Mogol. Fo

Os almirantes, o râguebi e o homem primitivo

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Nunca fui um admirador entusiasta (ou "fã"…) de râguebi. Tal não é, no entanto, minimamente relevante para o pequeníssimo texto que quero escrever seguidamente. Que é este: no campeonato do mundo da modalidade que se realizou em 2023 (em França), adeptos britânicos, trajados com indumentárias iguais às usadas pelos almirantes no século XVIII, foram expulsos do jogo a que ‘assistiam’ por exibirem comportamentos fisicamente agressivos e violentos. Com efeito, talvez seja apropriado recordar uma frase esboçada pelo escritor francês Hippolyte Jean Giraudoux (que viveu entre 1882 e 1944): "O desporto é o único meio de conservar no homem as qualidades do homem primitivo"...

As facas do cardeal e as do nazismo

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Foi um ministro do monarca francês Luís XIII – o cardeal de Richelieu – quem, segundo a tradição, terá inventado a faca para utilizar durante as refeições. Terá, de facto, sugerido que, ao contrário das demais, fossem usadas facas de mesa (por assim dizer) que tivessem a extremidade curva em vez de pontiaguda para não servirem como palito. Ora, foi precisamente sobre "facas" que escreveu também o historiador e escritor gaulês Max Gallo (1932-2017). Com efeito, "A noite dos facas longas" foi o título escolhido para a obra que este autor havia escrito e que foi publicada em 1972 sobre um ‘episódio’ do poder nacional-socialista alemão: "A Noite das Facas Longas" (ou, na língua alemã, "Nacht der Langen Messer") foi uma "purga" que teve lugar na cúpula do poder "nazi" na Alemanha. Em 1934. "Purga" que, como sempre ao longo da História, envolveu a eliminação física de indivíduos que, no ‘vértice’ do poder político v